Desmamando Théo – O começo

Tão difícil,… mas chegou nossa hora. Não que tenha sido uma decisão simples e rápida, pelo contrário. Acho que tão dificultoso como começar, o terminar pode assustar muito se representa para a mãe o fim de um lindo e único elo de amor. Consequentemente uma bomba de sentimentos invade a relação e você exita em fazê-lo.
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Nesse momento é preciso refletir e abstrair. Custou muito para eu entender que esse fim, o qual me refiro, é o fim físico do ato de amamentar e não o fim do binômio de amor e afeto existente entre nós. Eita coisa difícil …. (quase cai uma lágrima).
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Eu só pude compreender o desmame quando li que na vida de mãe e filho passaremos por muitos “desmames” e que esse passo é um degrau a mais no crescimento e fortalicimento da mãe desempenhando seu papel na maternidade no sentido de que eles devem ser criados e estimulados para conquistar seus caminhos.
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A Introdução do Livro “Quem Ama Educa” de Içami Tiba teve função fundamental para essa compreensão quando o renomado Educador compara filhos com navios ao dizer que “Por maior segurança, sentimento de preservação e de manutenção que possam sentir junto de seus pais, os filhos nasceram para singrar os mares da vida, onde vão encontrar aventuras e riscos, terras, culturas e pessoas diferentes.”
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Foi então que percebi que teria, para nosso próprio bem, começar a “desgrudar” minha cria, pois ele estava crescendo.
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EMOCIONALMENTE Falando
Opcional ou não, a transformação desse vínculo é custosa para ambas as partes. Por um lado o pequeno filhote que ainda está atrelado ao leite materno oriundo do seio materno, que lhe oferece acalanto e conforto oriundo do contato físico. E, por outro lado a mãe, tão protetora que vai deixando seu bebê seguir seu trajeto de uma forma mais independente, o que gera muita insegurança.
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O Théo quando percebeu que estava deixando de receber o mamá depois da fruta e o mamá depois do almoço entrou num estado de irritabilidade. Sua atitude mudou muito durante 3 dias. Gritava, chorava, não aceitava o colo do pai, acordava a cada 2 horas e quando estava no meu colo procurava o peito. Minha mãe e minha Tia vieram em casa e ele deu um show à parte. E eu desesperada sem saber o porquê. Já me perguntava está com dor? É o dente? O calor?
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Eu não sabia que essa reação tinha como justificativa o desmame até ler esse artigo, o qual indico muito e me ajudou em como proceder de maneira prática. Afinal, fiquei perdidinha, essa história de Leite Artificial não era comigo. http://bebe.abril.com.br/materia/como-fazer-o-desmame
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PRATICAMENTE Falando
Em poucas palavras (porque essa é uma decisão única e exclusiva da mãe que vive e sente as necessidades da família) resolvi iniciar o desmame do Théo pois quero fazer isso de maneira progressiva para amenizar o sofrimento da suposta separação. Começo agora com 10 meses e meio, mantendo as mamadas noturnas e da manhã.
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Gente, o lado prático do desmame não é nada prático. Oi Mari?? Para quem amamentou durante 10 meses a introdução da mamadeira e cacarecos adjuntos parece ser um novo desafio. E é mesmo. Peguei meu kit mamadeiras (escova de limpeza, esterilizador, escorredor) e fui com tudo. Primeira tentativa Théo “10”, mamadeira “0”. Segunda, terceira, quarta tentativa e o placar igual.
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Minha querida vizinha me emprestou 3 outras mamadeiras para testar o bico. Troquei o leite (havia comprado o Nan 10 meses) e nada. A Pediatra dele sugeriu trocar para leite de soja, mas eu sinceramente não o fiz.
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Desisti das mamadeiras pois aprendi que o melhor seria oferecer no copo de treinamento, e para minha surpresa ele tomava a àgua, mas o leite não.
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Troquei de lugar, de cadeira, de horário, de temperatura. Dei pro marido dar, a avó tentou, misturei com frutas até que…. ele pegou na tentativa num. 23 (rs…) adivinhem como? na colher e no copo normal.
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Agora ele toma 150 ml pela manhã e outros pela tarde …. na colher. Ainda insisto no copo, mas é um troca troca em vão. Amanhã vamos na Pedi, para ver como ela me orienta.
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Posso falar também que o Cocô dele mudou e as refeições tiveram que ser adaptadas. Intestino solto. Investi em batata, inhame, cará, mandioquinha, e as frutas passaram a ser limitadas entre banana, maçã e pêra.
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E para completar, eu não consigo mais niná-lo para as sonecas porque ele ainda procura o peito. A cada soneca saio para dar uma volta e ele dorme no carrinho até ser levado ao berço.
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Para outras muitas mães a adaptação foi rápida, pois nenhum bebê é igual. O que eu aprendo com isso é que é preciso ter paciência, e compreender o rítmo dele. O processo deve ser lento para que não seja sofrido, principalmente para ele. A gente, mãe, se cansa mas sempre dá um jeito. O importante é saber decifrar as necessidades dos anjinhos e suprir de outras formas o carinho que eles tanto precisam e acham que com o desmame podem perdê-lo. Só que não.
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Queria dizer também que, eu ainda amoooo amamentar. 🙂

 


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