Desespero de mulher. Quando bate aquela necessidade de voltar ao trabalho

Se você teve, como eu, a possibilidade de não voltar a trabalhar depois que o baby nasceu, já deve ter sentido aquele BUM! Uma coisa que invade a alma e toca a auto-estima na intenção de ressussitar a personalidade daquela mulher ativa, independente, moderna e tão dona de si que está em algum lugar perdida esperando o resgate.
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Não vou mentir que dá uma vontade de … eu diria, voltar ao mundo. Imaginem que eu viajava o mundo, Noruega, Dinamarca, Caribe, Grécia, Itália, Espanha, Marrocos, entre outros, trabalhando em navios de cruzeiros então meu mundo mudou drasticamente. Muitas vezes nos sentimos fora da realidade, das notícias, dos lançamentos no cinema, dos restaurantes, bares, ir e vir e muitas outras coisas que nos isolam, ou melhor, nos agrupam agora num novo grupo, o grupo da maternidade.
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Uff… Calma, respira. As coisas não podem ir por esse caminho. Porque estamos misturando tudo. E é daí que vem a idéia de que voltar ao trabalho vai trazer tudo isso de volta. Mas não vai. E nós tão pouco queremos, porque esse novo mundo nos trouxe a coisa mais linda e maravilhosa e perfeita e santa e doce e milagrosa que é nosso pequeno bebê.
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Vamos colocar as ideias em ordem. Nos sentimos fechadas numa espécie de estufa, mas ao mesmo tempo não queremos sair da estufa, porque lá estão as mais belas flores. Olha! Gostei! É exatamente isso. Eu quero sair e respirar o mundo normal, com horários e colegas de trabalho que tomam café no intervalo. Mas…… não acredito que deixar o Théo na escolinha seja o melhor para ele (ele tem apenas 7 meses).
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Polêmica no ar. Sei que tem mãe (e tem também aquelas que não são mães mas acham que sabem tudo de ser mãe) que pensa que a escolinha é uma beleza. Nossa! Os bebês se sociabilizam, brincam, voltam pra casa até mais cansados. E há mãe que diz que seu bebê ficou até mais esperto. Legal, cada um tem sua opinião. Na minha opinião o melhor lugar para o meu Théo é perto do carinho e calor de sua mãe. (vamos falar sobre isso em outro post)
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Por isso, se você acompanha minha opinião, acabamos afogando esse ímpeto tão egoista de voltar a viver a vida, enquanto pensamos que estar perto do nosso pequerrucho é um privilégio. É um privilégio poder dar à ele toda a atenção que ele necessita. Mesmo porque essa dedicação vai se refletir num futuro próximo ou distante. Desde agora formamos nossos filhos como seres sociais, munidos de amor e carinho para encarar um mundo que está cada vez mais perdido. E isso acaba enchendo nossos corações e asfixiando de amor qualquer dúvida e qualquer déficit de auto-estima que podemos ter, afinal somos humanas.
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Conheço mãezinha que colocou bebê integral na escolinha e depois tirou porque achou que não valia a pena. E não vale. Financeiramente falando, porque profissionais liberais e autônomos demoram um certo tempo para recuperar o ritmo financeiro e, psicologicamente falando porque é uma ruptura muito grande. Agora, diferente é, se você não tem opção, se não tem uma avó para deixar o bebê e tem que voltar a trabalhar porque dinheiro não dá em árvore né amiga e eu sei disso.
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Desse modo, vamos aquietar a piriquita mulherada porque estar acompanhando o crescimento minuto a minuto do nosso bebê não tem preço. Não tem dinheiro no mundo que pague isso. Disfrutemos porque é uma fase e logo passa. Deixemos a vida correr naturalmente seu curso. Nada de acelerar os momentos. No entanto, quando houver necessidade, não vai ter escapatória.

 


8 Comments on Desespero de mulher. Quando bate aquela necessidade de voltar ao trabalho

  1. Anonymous
    08/27/2013 at 18:41 (11 years ago)

    Concordo com cada palavra escrita, eu consegui trazer o escritório para casa, não consigo largar a Maria Eduarda:)) – larissa

    • Mari Visconti
      08/30/2013 at 15:52 (11 years ago)

      Oi Lari, que bom que você pensa como eu, pelo menos não estou sozinha. Quanto mais afeto, melhor na minha opinião. Bjos

  2. marcia
    08/27/2013 at 23:22 (11 years ago)

    É uma grande dificuldade para nós, mães, cortarmos o cordão!!! Mas realmente, não precisamos ter pressa, Mari tem razão. Seu filho é o seu primeiro plano, agora… e sempre!!! mas, chega uma certa hora, que é a hora, não importa a idade que nossos filhos tenham. ” A necessidade põe o cavalo a correr”

  3. Andrea Pires Magnanelli
    08/27/2013 at 23:52 (11 years ago)

    Oi!
    Eu vou defender à volta ao trabalho, ou melhor… A volta à rotina que cada mulher acha que é melhor pra si.
    Minha filha vai entrar no berçário com 5 meses e meio. Voltarei a trabalhar e estou ansiosa com isso. Claro que, ao menos tempo, o coração está apertado. Só que estou tranquila com minha escolha.
    Conheço mãe que deixa o filho na escola o dia todo, mas que para ela vale a pena.
    Eu não me vejo o dia td cuidando da Diana e da casa. Sempre gostei de trabalhar fora. Vai além de uma necessidade financeira.
    Saímos de uma época em que a única função da mulher era ser dona de casa e mãe. Depois, ela agregou outra função: trabalhar fora. Essa era a característica da mulher independente.
    Acho que hoje vivemos uma época em que cada uma pode escolher o que é melhor pra si sem que haja julgamentos.
    Para a criança estar bem é preciso que a mãe esteja bem com suas escolhas e é assim q me sinto ao optar por retornar ao meu trabalho.

  4. Mari Visconti
    08/30/2013 at 16:16 (11 years ago)

    Oi Andréa, que bom ler uma opinião diferente das que tenho escuado ultimamente. É bom saber que o outro lado pode ser positivo para outra pessoa. Com certeza cada um tem o direito de ter sua opinião e fazer como bem entender. Não pretendo ditar conceito, tudo o que posto aqui se trata de opinião e como dissemos, cada um pode ter a sua. Cada mãe sabe o que é melhor para si e para seu filho. Acho muito positivo seu comentário, existe bastante diversidade no mundo e temos que respeitá-las.

  5. Lidiane Zaina
    09/02/2013 at 20:36 (11 years ago)

    Quando decidi parar de trabalhar para ficar com o meu pequeno achei que só encontraria críticas e mais críticas. Tenho algumas amigas que tem bebês da mesma idade e todas voltaram, me senti um peixe fora d’água, mas agora leio tanta coisa e converso com tanta gente que me apóia, da minha mãe à pediatra (só quem não gostou foi a chefe). Me sinto confortada e cada vez mais confiante de que estou fazendo o melhor para nós, afinal eu também não quero perder nada dessa fase tão linda de descobertas dele.

    • Mari Visconti
      09/03/2013 at 02:20 (11 years ago)

      Oi Lidiane.
      Por incrível que pareça acho que hoje as mulheres estão deixando um pouco essa coisa de querer voltar à independência e aceitando um pouco melhor ficar em casa cuidando do bebe. Antes parecia feio, hoje vemos a importância desse momento ao lado do bebê.
      É um momento, acredito que seja uma fase. Muito linda como vc disse. Um beijo grande

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